terça-feira, 3 de junho de 2008

Resenha do filme "Arquitetura da destruição"

O filme “Arquitetura da destruição” é dirigido pelo sueco Peter Cohen e mostra algumas metas do programa de governo criado por Hitler baseado na busca pela beleza e elevação e na aniquilação não só de doentes como também do grande inimigo: os judeus.
“Criar um mundo mais harmonioso”, isto é, uma Alemanha mais forte e mais bonita, essa era a meta dos nazistas. Hitler, no seu governo foi influenciado por três fatores nos quais tinha grande admiração:
- Linz
- Antigüidade – Hitler quis retornar à Antigüidade através do culto à arte renascentista, na qual se baseava na Antigüidade, na busca do belo, do forte e do saudável. Ele via Roma, Atenas e Esparta como um modelo de sociedade.
- Wagner – propostas de Wagner: Anti-semitismo, culto ao legado nórdico e mito do sangue puro.

Noção de arte para uma nova civilização

Peter Cohen deixa bem claro no documentário, a paixão de Hitler pela arte, já que este havia sido um artista fracassado. Hitler havia declarado que depois da guerra iria se dedicar à arte. E se dedicou também durante a guerra com a compra de milhares de obras de arte.
A arte era de importância fundamental para os nazistas; foi o próprio Hitler quem criou a propaganda nazista. A arte bolchevique e judia contrastava com o ideal de arte proposto por Hitler: os feios e os doentes (chamada por ele de arte degenerada) contra a arte renascentista que cultuava a beleza, no caso o ideal alemão.
Hitler pretendia criar uma nova Alemanha, com uma arquitetura de imensas proporções, que através de imagens mostradas no filme fica evidente a sua grandiosidade.

Eugenia e higiene social e a questão dos judeus

Foi adotado um programa de eutanásia com o objetivo de eliminar todos aqueles que eram feios e doentes que não se encaixavam com o ideal alemão. Esse programa nada mais era do que um assassinato dos “inferiores.”
Não só os doentes, mas principalmente os judeus tinham que ser exterminados. Os nazistas viam os judeus como uma praga a ser eliminada. Bastava ser judeu para ser eliminado. A meta era acabar com 11 milhões de judeus, porém não teria como esses 11 milhões serem fuzilados. Uma forma mais eficiente era preciso ser adotada para essa meta ser concluída. Então foram criados campos de extermínios, nos quais judeus eram agrupados e mandados a câmaras de gás, não só como uma medida mais rápida, pelo extermínio em massa, como também por ser uma medida de higiene, além das vítimas serem poupadas de sofrer até o fim.

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